sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Posted: 29 Oct 2014 02:57 AM PDT
O WTF, site do grupo NOS destinado aos jovens, recomenda que se acharmos caro o desbloqueio de um telemóvel, podemos desbloqueá-lo na “loja da esquina”.
Com linguagem jovem, muitos “yo” e “ya” à mistura, o WTF é um site onde a partir de 7.5EUR pode-se subscrever um tarifário com determinadas aplicações móveis que incluem tráfego ilimitado.
O site, com visual jovem, acompanhado das suas palavras, recomenda o desbloqueio de telemóvel na “loja da esquina”, se o preço que a calculadora dá for muito caro.
“Está-se tudo a passar” é um dos slogans da marca. Será que se está mesmo tudo a passar?
Na página inicial do site encontra-se um rectângulo verde com letras azuis a indicar “o teu smartphone está agarrado a uma operadora? nós calculamos aqui quanto custa o desbloqueio”.
Quando tenta calcular e colocas um valor, colocando “não” na parte da fidelização, é dado um valor e a seguinte mensagem:
“As contas estão feitas, agora só tens de falar com a tua operadora.
Achas caro? Podes sempre ir a uma loja da esquina

wtf calc Marca WTF, do grupo NOS, recomenda desbloquear telemóveis na loja da esquina


WTF: “Incentivo ao desbloqueio ilegal de equipamentos”

O Tugaleaks contactou a DECO, no sentido de perceber até que ponto os consumidores ou até mesmo a concorrência ficaria prejudicada.
De acordo com um Jurista do Gabinete de Estudos, “[e]m todo o site, a linguagem utilizada é propositadamente destinada a um público mais jovem, possuindo até um certo grau de rebeldia e de humor”. No entanto, “parece-nos, apesar de tudo e independentemente da jovialidade com que se pretende humoristicamente abordar a questão do preço a pagar pelo desbloqueio, funcionar como um certo incentivo ao desbloqueio ilegal de equipamentos“.
Recomenda este Jurista da DECO que “este contexto deve se evitado a todo o custo, devendo a NOS corrigir a frase nesse sentido“.


O Tugaleaks tentou contactar a NOS que não respondeu aos nossos pedidos de comentários desta situação.
Tentámos igualmente contactar a ANACOM, que não teceu comentários sobre este incidente

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