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27 Aug 2014 04:08 PM PDT
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A cannabis, também conhecida por vários
nomes populares, é composta por mais de 400 substâncias, das quais o
tetraidrocanabinol (THC), o canabidiol (CBD) e o canabinol (CBN).
A planta é usada há mais de 5 000 anos, em
rituais religiosos e espirituais, mas também como medicamente para tratar várias
doenças. Actualmente o seu uso é ilegal na grande maioria dos países, o seu
trafico destina-se ao consumo com fins recreativos dado o seu efeito
psicotrópico.
Até 1937, era utilizada nos Estados Unidos como
tratamento para várias doenças, altura em que foi proibida.
Um estudo tornado público, por ter sido
accionada a lei "Freedom of Information Request", isto é a obrigatoriedade de
tornar público um documento em nome da liberdade de informação, revela os
resultados de um estudo encomendado em 1972 sobre os efeitos do cannabis.
Na realidade, esse estudo pretendia convencer
toda a gente que fumar cannabis tinha os mesmos perigos que fumar cigarros.
Durante 2 anos, a universidade de Medicina de Virginie realizou um estudo sobre
os efeitos do THC sobre o corpo humano.
Descobriu-se que administrado sob a sua forma
mais concentrada, por exemplo óleo de cannabis, o THC atacava todas as células
defeituosas do organismo e regeneravas a sãs. Contrariamente à quimioterapia,
que mata um em cada cinco doentes tratados, o THC actuava na regressão de um
grande número de cancros e não tinha efeitos colaterais.
Em 1976, pôs-se definitivamente fim ao programa
de investigação universitário e a responsabilidade das investigações foi
entregue à indústria farmacêutica que, claro, não conseguiu desenvolver qualquer
medicamento à base de cannabis com benefícios para a saúde.
Estudos in-vitro e in-vivo mostram que os
canabinóides atrasam o crescimento de um grande número de cancros e reduzem o
tamanho de um número significativo. Este efeito anti-tumeral deve-se em parte à
sua capacidade em induzir nas células cancerosas a sua própria morte
(apoptose).
Apesar da grande relutância em organizar
estudos duplamente cegos em seres humanos, os poucos estudos que se conhecem
indicam que o uso de cannabis no tratamento de vários cancros poderia ter
efeitos bastante benéficos.
Cancro do cérebro
Os canabinóides inibem a proliferação das
células cancerosas no glioblatoma multiforme recorrente. essa inibição
verifica-se in-vitro, mas também quando foi administrada a 9 doente verificou-se
o mesmo efeito.
British Journal of Cancer (2006)
Este estudo mostra igualmente uma inibição e
redução dos gliomas (cancro bastante maligno do cérebro) nos ratos, sem efeitos
colaterais psicotópicos.
Cancer Res.
(2001)
Um estudo em ratos evidencia que os
canabinóides têm um efeito protector contra a degenerescencia cerebral.
The Journal of Neuroscience (2001)
http://www.jneurosci.org/content/21/17/6475.abstract
Cancro da mama
Nos casos mais agressivos de cancro da mama,
houve uma redução do tamanho do tumor e uma diminuição significativa do risco de
metatases (em particular pulmonares) num estudos em ratos.
Breast Cancer Res Treat. (2012)
O canabidiol, canabinóide de baixa toxicidade,
quando administrado, tornou o cancro da mama significativamente menos invasivo
en-vitro e menos metastásico in-vivo.
Mol. Cancer Ther. (2007)
Os autores deste artigo sugerem que o uso de
canabinóides pode ser útil no tratamento da maioria dos cancros da mama.
Cancer Treat Rev.
(2012)
Cancro do pulmão
Os canabinóides promovem uma diminuição da
capacidade de crescimento das células cancerosas em certos tipos de cancro do
pulmão.
FASEB J. (2012)
Os canabinóides reduziram, no animal de
laboratório, a proliferação e vascularização dos cancros do pulmão de
não-pequenas células (80% dos cancros do pulmão) e aumenta a apoptose (morte
celular programada) das células cancerígenas.
Cancer Prev Res (2011)
Cancro do cólon
Os canabinóides reduzem o tamanho dos cancros
do cólon, in-vitro, e o risco de metatases in-vivo.
National Cancer Institut
Cancro do pâncreas
Estudos revelam que os canabinóides promovem a
redução do cancro do pâncreas através da apoptos das células tumorais, sem
afectar as células normais.
The Journal of Cancer Research (2006)
J. Mol. Med. (2012)
Cancro da próstata
Alguns componentes dos canabinóides são úteis
na regressão dos cancros da próstata recorrentes e invasivos.
Prostate (2003)
A próstata possui receptores canabinóides cuja
a estimulação produz efeitos anti-androgénicos e apoptose das células malignas.
Os autores concluem que deveriam ser levadas a cabo estudos duplamente cegos em
seres humanos.
Indian J Urol.
(2012)
Os canabinóides reduzem o
tamanho do cancro da próstata por apoptose.
Br. J. Pharmacol.
(2013)
Cancro dos ovários
Certos tipos de tumores dos ovários poderão
regredir por inibição do crescimento das células cancerosas.
Cancro do sangue
As células de certos linfomas e leucemias são
induzida à apoptose pelos canabinóides.
Blood (2002)
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quinta-feira, 28 de agosto de 2014
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